Nova dinâmica de desenvolvimento do estado de MS passa pelo curso de Relações Internacionais, sugere Secretário de Tecnologia e Inovação

Postado por: Ana Monteiro

A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) dá mais um passo rumo à formação de profissionais preparados para os desafios globais com a criação do curso de Relações Internacionais, que será ofertado pela Escola de Administração e Negócios (ESAN), em Campo Grande.

Com início previsto para o 1º semestre de 2026, o curso nasce com a proposta de integrar saberes multidisciplinares e formar gestores, analistas e diplomatas capazes de atuar em um mundo cada vez mais interconectado. A iniciativa reforça o compromisso da UFMS com a inovação acadêmica e a internacionalização do ensino superior.

Nesta segunda matéria da série sobre o novo curso de Relações Internacionais (RI), vamos falar de aspectos como diferenciais, perfil do estudante, e como foi o encontro da coordenadora pró-tempore, Luciane Cristina de Carvalho, com o Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Mato Grosso do Sul, Ricardo Senna, também servidor da UFMS, o qual falou que esta nova dinâmica de desenvolvimento do estado passa pelo curso de RI que será ofertado pela ESAN.

“O governo do Estado de Mato Grosso do Sul tem promovido projetos e ações estratégicas que o colocam em destaque nacional e internacionalmente. A meta de neutralização de carbono até 2030 e a Rota Bioceânica são alguns exemplos. Dessa forma, ter um curso de Relações Internacionais oferecido pela ESAN/UFMS torna-se oportuno e essencial para ajudar o Estado pois, colabora com a formação de profissionais com novos modelos mentais, capazes de avaliar a geopolítica global, as relações comerciais em que estamos inseridos, enfim, a ter um pensamento crítico que nos ajuda a trilhar um melhor posicionamento de competitividade”, declarou o Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação de MS, Ricardo Senna.

Sobre o encontro com o Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Mato Grosso do Sul, Ricardo Senna, professora Luciane Carvalho ressaltou que entende ser importante o diálogo com representantes autoridades públicas, isto porque o curso busca qualificar profissionais que possam contribuir para o desenvolvimento econômico local, em especial, há uma discussão de destaque sobre a Rota Bioceânica. Esse contexto é pertinente ao campo de estudo das relações econômicas internacionais.”

Foram discutidos pontos que incluíram a dinâmica do curso e sua contribuição para o estado de Mato Grosso do Sul, especialmente no que diz respeito à fixação de estudantes qualificados na região. “O apoio institucional de quem conhece as demandas do estado é essencial para o fortalecimento do curso e nas ações a serem realizadas para os estudantes de modo a proporcionar um ambiente com demandas reais”, explicou a coordenadora pró-tempore.

Professor Cláudio César da Silva, diretor da ESAN, comentou que “a criação do curso de Relações Internacionais na ESAN/UFMS representa um avanço estratégico para a universidade e para o estado. Após o diálogo com o Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo Senna, ficou ainda mais evidente o papel que esse curso pode desempenhar na formação de profissionais preparados para atuar em ambientes globais, conectando saberes, políticas públicas e inovação. A proposta é formar estudantes com visão crítica, capacidade de articulação internacional e sensibilidade para os desafios contemporâneos — atributos essenciais para fortalecer Mato Grosso do Sul como polo de desenvolvimento e cooperação.”

Conhecendo o curso de Relações Internacionais

Segundo professora Luciane Carvalho, “o curso busca atrair estudantes interessados em desenvolver uma visão crítica e aprofundada das dinâmicas econômicas, políticas e sociais no contexto global. Valoriza-se a capacidade de análise rigorosa e tomada de decisões estratégicas para a resolução de problemas complexos, que abrangem desde questões comerciais e negociações internacionais até desafios sociais e políticos.”

O curso oferece uma formação interdisciplinar que combina conhecimentos em política internacional, economia, direito, logística, negociação, integração econômica, etc. Ele desenvolve competências para compreender o papel da ciência e tecnologia no cenário global e nas políticas públicas, capacitando os estudantes a analisar e participar de negociações internacionais que envolvem inovação, transferência tecnológica, cooperação científica e desenvolvimento sustentável.

Dentre os principais diferenciais estão a ênfase do curso voltada às relações econômicas internacionais e o prazo que é mais curto, totalizando 2.700 horas. Os candidatos ideais são aqueles que desejam atuar em um ambiente multidisciplinar, com foco em diplomacia, comércio exterior, cooperação internacional, e que buscam contribuir para soluções inovadoras que impactem a realidade global de forma ética e responsável.

“Estamos divulgando o curso de forma institucional, por meio da divulgação do vestibular, publicação nas redes sociais e no site da ESAN. Além disso, acontecem algumas visitas em instituições públicas e privadas para divulgação do curso,” disse a coordenadora.

Perguntada se vê o campo das Relações Internacionais se expandindo para além das fronteiras diplomáticas tradicionais, respondeu que sim. “O contexto global e a interdependência entre os países fizeram com que as Relações Internacionais precisassem lidar com temas amplos e complexos que impactam diretamente a vida das pessoas, como mudanças climáticas, saúde global, economia, comércio digital e governança tecnológica. Nesse sentido, a área inclui estudos sobre organizações internacionais, empresas multinacionais, ONGs, setores de inovação, ciência, tecnologia, meio ambiente, direitos humanos, economia global, cultura e etc.”, finalizou.

Foto: Assessoria de Comunicação da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação de MS

Texto: Comunicação ESAN/UFMS