Professores da ESAN proferem palestra on-line em evento do Equador

Postado por: Ana Monteiro

Na manhã desta terça-feira, 30, às 9h, os professores Geraldino Carneiro de Araujo, de Administração, e Noslin de Paula Almeida, do Turismo, proferiram a palestra on-line “Ecos do Turismo: Innovación y Internacionalización”, como parte do evento internacional Primeiras Jornadas Científicas Internacionales de Turismo, oferecidas pela Universidad Estatal Penísula de Santa Elena (UPSE), em Cantón Santa Elena, na província de Santa Elena, no litoral do Equador.

A Comunicação da ESAN entrevistou os professores e destaca aqui os principais pontos abordados.

Professor Noslin de Paula Almeida

– Como a internacionalização influencia no ensino do turismo?

R.: A internacionalização influencia profundamente o ensino do turismo ao ampliar a formação dos estudantes com perspectivas globais, críticas e multiculturais. Ao integrar experiências reais de diferentes contextos, promovemos uma educação mais abrangente, sem necessidade de mobilidade física.

– Quais exemplos de inovação no turismo você destacou durante a palestra?

R: A inovação é a criação de uma rede colaborativa que une professores de 10 países para debater temas emergentes em formato de live, promovendo uma nova iniciativa de ensino em turismo. A inovação está na colaboração acadêmica em escala internacional, onde especialistas de diferentes contextos se reúnem para aprofundar um único tema. Esse formato transforma a sala de aula em um espaço conectado, crítico e inovador, com impacto a aprendizagem e na internacionalização sem fronteiras.

– Qual a importância de participar das “Primeiras Jornadas Científicas Internacionales de Turismo” para a troca de conhecimento entre instituições latino-americanas?

R: É de grande importância para fortalecer a troca de conhecimento entre instituições latino-americanas, pois cria um espaço colaborativo. Esse tipo de evento promove a aproximação entre realidades regionais semelhantes, estimulando parcerias acadêmicas e a construção coletiva de soluções contextualizadas. Essas jornadas reforçam a necessidade de tornar as palestras virtuais e os debates colaborativos uma prática mais constante para alunos da graduação.

 – Como você avalia o papel da Universidad Estatal Península de Santa Elena na promoção do debate acadêmico sobre turismo?

R: A UFMS, assim como a UPSE, tem o mesmo compromisso: buscar a internacionalização não como uma ação isolada, mas como uma prática comum e integrada a todos os cursos de graduação. Iniciativas como essa precisam ser reconhecidas, fortalecidas e replicadas, pois mostram o caminho para uma formação em turismo mais conectada, crítica e coletiva, capaz de transformar realidades locais com olhar global.

– Que tipo de contribuição você ofereceu aos participantes do evento?

R: Compartilhei iniciativas concretas de inovação e internacionalização no ensino do turismo, especialmente por meio de iniciativas como o projeto ECOS do Turismo. Além de apresentar resultados e impactos do projeto, reforçamos nosso compromisso com ações pró-ativas que impulsionem a formação crítica, colaborativa e internacionalizada dos futuros profissionais do turismo.

– Que conselhos você daria a estudantes e jovens pesquisadores que desejam atuar na área de turismo com foco internacional?

R: Não tenham medo de se jogar em ações, projetos e experiências que os conectem com o mundo. O turismo, por natureza, é um campo global e sua formação não pode ficar restrita à sala de aula. A internacionalização não exige mobilidade cara ou longas viagens. Sejam curiosos, proativos e críticos. A experiência internacional também se constrói virtualmente, com propósito e consistência. O mundo do turismo está de portas abertas, basta dar o primeiro passo com coragem e entusiasmo.

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Professor Geraldino Carneiro de Araújo

Sobre o conteúdo da palestra:

* Quais são os principais “ecos” que o turismo deixa nas comunidades locais e como a inovação pode potencializar seus impactos positivos?

R: As comunidades devem se apropriar do conceito e das práticas de inovação, preferencialmente mesclando com os saberes populares/ancestrais. Inovar pode ser entendido como algo novo para a comunidade ou para o local e pode ser quanto aos processos, quanto a organização, quanto a produtos/serviços ofertados.

* Como a internacionalização influencia as práticas de turismo sustentável?

R: A internacionalização pode influenciar as práticas de turismo sustentável a partir das experiências exitosas em outros países, esse processo pode vir a  identificar oportunidades de melhoria e inovação, aprendendo com ações bem-sucedidas para melhorar o próprio desempenho do turismo.

* Quais exemplos de inovação no turismo você destacou durante a palestra?

R: A minha fala foi sobre o Turismo de Base Comunitária, pautada nas iniciativas e potencialidades que temos em Mato Grosso do Sul. Tratei da inovação social em que se cria e implementa novas ideias, ações e modelos para resolver problemas socioambientais de forma sustentável, buscando melhorar as condições de vida e promover a inclusão, isto no contexto do turismo.

* De que forma o Brasil e o Equador podem colaborar para fortalecer o turismo internacional entre os países?

R: Está em andamento um acordo de cooperação entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e a Universidad Estatal Península de Santa Elena, são muitas as ações que poderemos fazer a partir deste acordo, desde mobilidade acadêmica e produção científica em conjunto até intercâmbio de docentes e outras ações.

Sobre o evento:
* Qual a importância de participar das Primeiras Jornadas Científicas Internacionales de Turismo para a troca de conhecimento entre instituições latino-americanas?

R: Foi uma honra ser convidado para o evento, vejo como oportunidade de estreitar relações com pesquisadores e com a instituição. Conheci a professora Myriam Yolanda Sarabia Molina do Equador no XIII Congresso Brasileiro de Turismo Rural, participamos como palestrantes, e foi um espaço para trocarmos conhecimentos e experiências.

* Como você avalia o papel da Universidad Estatal Península de Santa Elena na promoção do debate acadêmico sobre turismo?

R: A proposta do evento da Universidad Estatal Península de Santa Elena é um grande feito, reunir estudantes e pesquisadores, inclusive de outro país, é enriquecedor para os estudantes, avalio como muito positiva a iniciativa.

* Que tipo de contribuição você ofereceu aos participantes do evento?

R: Depois de uma fala a gente espera que o que foi dito reverbere em atividades, falar de Turismo de Base Comunitária pode vir a instigar estudantes e pesquisadores para colocarem luz sobre essa temática, seja em termos acadêmicos, com pesquisas ou seja em termos de mercado, com proposições de ações.

Sobre a experiência profissional:
* Como sua trajetória na área do turismo influenciou a abordagem adotada na palestra?

R: Participo de pesquisas junto às comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas e assentadas com os professores Milton Mariani e Patrícia Bassinello em que o turismo por vezes é tema central ou tema adjacente.

Para o diretor da ESAN, professor Cláudio César da Silva, esta palestra representa um momento de grande relevância para a Unidade e para o fortalecimento da cooperação acadêmica internacional. “Este diálogo transcende fronteiras e reafirma nosso compromisso com uma formação universitária conectada às demandas globais do turismo, pautada pela inovação, pela sustentabilidade e pela internacionalização do conhecimento”, disse.

A ESAN se orgulha de contribuir com iniciativas que promovem o intercâmbio de saberes e a construção de redes colaborativas entre instituições de ensino superior da América Latina e da Europa. “Eventos como este ampliam horizontes e inspiram nossos alunos e docentes a pensar o turismo como vetor de transformação social e desenvolvimento humano”, ressaltou o diretor.

Para conhecer o Cronograma das palestras realizadas durante o evento, clique aqui.

Fotos: Arquivos pessoais

Texto: Comunicação ESAN/UFMS